Traumas vividos na
infância pode influenciar a situação econômica de um país:
As diversas
violações de direitos contra crianças e adolescentes podem impactar o setor da
saúde e a própria economia de um país.
“Prevenir e tratar os casos de violência
contra crianças e adolescentes é uma questão que pode ter impactos positivos
sobre a economia e a saúde do país”.
As adversidades na
infância podem gerar consequências na área da saúde também. Aqueles que
passaram por abuso sexual, negligência ou disfunção familiar apresentam índices
mais elevados de doenças cardíacas e diabetes; também tendem a ter mais doenças
pulmonares, mais depressão, hepatite e
maior tendência ao suicídio .
Dados parecidos no
Brasil, “Vítimas da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes: Indicadores
de Risco, Vulnerabilidade e Proteção”, que avaliou o contexto de risco,
vulnerabilidade e os indicadores de proteção para meninas e meninos envolvidos
em situações de exploração sexual, 60% dos entrevistados já pensaram em
suicídio, sendo que 58,1% efetivamente já tentaram tirar a própria vida. Dos que declararam já ter tentado suicídio,
20% o fizeram em razão da violência sexual sofrida.
Além disso, as
participantes meninas já passaram por pelo menos um episódio de gravidez, sendo
que muitas já perderam um ou mais filhos em abortos naturais ou provocados, e apenas
5,8% delas vivem com seus filhos.
O estudo leva em
conta também as crianças que tiveram mães violentadas, algum membro da família
usuário de drogas ou alcoólatra, prisioneiro, com diagnóstico de doença mental
ou pais separados.
As crianças ou
adolescentes que passaram por mais de seis tipos de adversidades ou maus-tratos
na infância tendem a viver 20 anos a menos do que as outras pessoas. Os custos
médicos das vítimas são mais altos que os da média da população, especialmente
em mulheres que foram abusadas física e sexualmente na infância.